Descubra quais são os principais gastos do segundo semestre e evite surpresas
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Férias, volta às aulas, Black Friday, Natal e impostos aumentam os gastos do segundo semestre. Antecipe-se com um bom planejamento e corte excessos.
Depois de seis meses intensos, chegou a hora de revisar as finanças. Uma pesquisa nacional sobre hábitos de consumo apontou que quase metade dos brasileiros gastou mais no primeiro semestre de 2025 do que no mesmo período do ano anterior. E, apesar do otimismo de início de ano, muitas metas financeiras podem ter ficado pelo caminho.
Conforme esse mesmo estudo, apenas 40% das pessoas revisitam os objetivos traçados no início do ano. O que é uma pena, pois rever o orçamento e saber quais são os principais gastos do segundo semestre é essencial para identificar o que saiu do previsto, reorganizar as prioridades e planejar com mais consciência os próximos meses.
Quais são os principais gastos no segundo semestre do ano?
O segundo semestre concentra datas e compromissos que impactam diretamente o orçamento e se antecipar a isso é essencial para evitar surpresas. Entre os principais gastos do período estão:
• Para os pais, as férias escolares em julho, que geralmente exigem despesas com viagens, passeios ou reforço na alimentação em casa
• Logo depois, vem a volta às aulas, que pode envolver gastos com rematrícula do ano seguinte e reposição de material e uniformes
• Em agosto e outubro, têm datas comemorativas como o Dia dos Pais e o Dia das Crianças, que podem envolver gastos com presentes
• Em novembro, a Black Friday surge como uma oportunidade para compras, mas que pode acabar pesando no orçamento se não for planejada
• No final do ano, dezembro traz os gastos com o Natal e Ano Novo, incluindo presentes, festas e decorações
• Também é preciso ficar atento ao pagamento de impostos importantes como o IPTU e o IPVA, que geralmente vem logo no início do ano seguinte
• Por último, o licenciamento de veículos também costuma ter o pagamento no segundo semestre na maioria dos estados
A boa notícia é que o décimo terceiro salário, pago em novembro e dezembro, pode ajudar a equilibrar as contas, seja para quitar dívidas ou reforçar a reserva financeira.
Como se organizar financeiramente para esses gastos?
Além do 13º salário, há outros passos importantes para se organizar financeiramente para esses compromissos. Confira algumas dicas essenciais:
1. Faça um diagnóstico financeiro completo
Antes de tudo, revise suas receitas (seus ganhos) e despesas atuais. Liste todos os gastos fixos (como aluguel, contas de luz, água, internet) e variáveis (alimentação, lazer, transporte). Isso ajuda a entender onde seu dinheiro está sendo gasto e quais despesas podem ser ajustadas.
2. Priorize o pagamento de dívidas
Se você tem dívidas, especialmente as que cobram juros altos como cartão de crédito ou empréstimos, priorize quitá-las ou ao menos reduzir o valor das parcelas. Dívidas acumuladas no segundo semestre podem se tornar um peso difícil de carregar no fim do ano.
3. Crie uma reserva para os gastos sazonais
Já sabe que julho, agosto, outubro, novembro e dezembro costumam ter despesas extras, certo? Separe um valor mensalmente para essas ocasiões, mesmo que pequeno. Assim, quando chegar a época, você terá dinheiro guardado para cobrir os custos sem recorrer ao crédito.
4. Planeje suas compras com antecedência
Evite comprar por impulso, especialmente em promoções como a Black Friday. Pesquise preços com antecedência, defina um limite de gastos e priorize o que realmente precisa. Lembre-se que uma promoção só vale a pena se for algo que você já planejava comprar.
5. Aproveite o 13º salário com inteligência
Ao receber o 13º, faça um planejamento claro. Defina quanto vai usar para pagar dívidas, quanto pode guardar para emergências e, se sobrar, quanto pode destinar a compras ou lazer.
6. Controle o uso do cartão de crédito
O cartão pode ser um aliado se usado com cautela. Evite parcelar muitas compras e tente sempre pagar a fatura integral para não acumular juros. Use-o mais para facilitar o controle das despesas do que para aumentar os gastos.
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Dicas para poupar dinheiro antes do fim do ano
Além dessas estratégias, existem algumas ações mais práticas que ajudam a economizar e até a guardar dinheiro.
Um primeiro passo é cancelar assinaturas e serviços que você não usa mais. Muitas dessas cobranças passam despercebidas, mas, ao longo dos meses, fazem diferença.
Aproveite também para limpar sua caixa de e-mails e se descadastrar de newsletters de lojas. Assim, você evita cair em tentações e fazer compras por impulso.
Além disso, apagar os dados do cartão de crédito dos sites em que você costuma comprar, esperar 24 horas antes de finalizar uma compra ou até passar um mês inteiro sem gastar na categoria que mais pesa no seu orçamento são atitudes simples, mas poderosas.
Essa pausa pode ajudar a repensar hábitos e pode revelar o quanto certas despesas são evitáveis.
Vale a pena fazer planejamento financeiro anual ou por semestre?
Depende do seu estilo de vida, mas a resposta curta é: sim, vale e muito! Ter um planejamento financeiro, seja anual ou semestral, é como usar um GPS para navegar suas finanças. Você pode até chegar ao destino sem ele, mas o risco de se perder (ou gastar mais no caminho) é bem maior.
O planejamento anual é ideal para quem gosta de ter uma visão mais ampla: dá para prever férias, impostos, matrícula da escola, presentes de fim de ano e outras despesas sazonais.
Já o planejamento semestral costuma ser mais flexível e menos assustador, ótimo para quem está começando ou tem uma rotina mais imprevisível.
Seja qual for o formato, o importante é sair do modo automático. E montar esse plano não precisa ser complicado:
• Primeiro, defina objetivos claros. Se pergunte o que você quer conquistar nos próximos meses ou anos, comprar um carro, viajar, dar entrada em um imóvel?
• Depois, monte um orçamento realista. Categorize os gastos, defina limites por categoria e acompanhe tudo. Uma boa diretriz é destinar 50% da sua renda para necessidades (moradia, alimentação, transporte), 30% para desejos (lazer, compras não essenciais) e 20% para suas metas financeiras (poupança e/ou investimentos)
• Além disso, é importante montar uma reserva de emergência. Se possível, guarde o equivalente a 3 a 6 meses dos seus custos fixos
• Por último, reveja o plano com frequência. Mudanças acontecem, então acompanhe seus resultados e ajuste o que for necessário a cada 3 ou 6 meses
Seu orçamento apertou? Existe uma solução responsável
Nem sempre dá pra prever tudo e quando o orçamento aperta, vale considerar soluções que ajudam sem complicar. Se você precisa de uma ajuda adicional na hora de pagar por essas despesas extras, a antecipação do saque-aniversário FGTS pode ser uma boa alternativa: dinheiro na conta sem burocracia e com taxas especiais.
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