Dívidas e margem consignável: como equilibrar o orçamento sem comprometer o salário
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Descubra como evitar o endividamento excessivo e proteger sua renda com o uso responsável da margem.
A margem consignável é uma aliada no controle de dívidas, pois define um limite seguro de crédito a fim de evitar que os empréstimos comprometam os valores destinados às despesas essenciais.
Quando usada de forma planejada, ela pode ajudar a quitar dívidas com juros maiores, sem comprometer a renda ou reserva de emergência.
O que é margem consignável e como funciona?
A margem consignável é o percentual máximo da sua renda (salário ou benefício) que pode ser comprometido com parcelas de empréstimo consignado ou cartão consignado.
Cada tipo de consignado tem uma margem diferente, de acordo com o perfil do tomador:
• Trabalhadores CLT: para funcionários regidos pela CLT, a margem consignável é de 35% para empréstimos consignados
• Aposentados e pensionistas do INSS: eles têm margem total de 45% sobre o benefício líquido, distribuída como 35% para empréstimo consignado, 5% para cartão de crédito consignado e outros 5% para cartão benefício
• Servidores públicos federais: por lei (Lei 14.509/2022), a margem consignável é também de 45% da remuneração líquida, com 35% reservados para empréstimos, 5% para cartão de crédito consignado e mais 5% para cartão benefício
• Servidores municipais e estaduais: nesse caso, as margens variam conforme as regras de cada município e estado, já que cada ente federativo pode definir seus próprios percentuais
Como equilibrar dívidas e margem consignável sem comprometer o salário?
Usar a margem consignável para pegar um empréstimo pode ser uma boa estratégia quando o objetivo é substituir várias dívidas por uma única com juros menores. No entanto, para valer a pena é importante que a nova parcela caiba com folga na renda mensal.
Além disso, o consignado pode ser usado em outras situações, como para comprar algo específico, investir em um negócio ou lidar com um imprevisto. Nesses casos, para equilibrar tudo de forma segura, alguns passos ajudam, como:
• Calcular quanto do salário já está comprometido e quanto sobra de forma realista para assumir a nova parcela
• Simular diferentes prazos e valores, buscando uma parcela que deixe espaço para despesas essenciais e imprevistos
• Definir prioridades, entendendo se a compra é urgente, necessária ou apenas desejada. Isso evita arrependimentos e pressões no orçamento
• Revisar mensalmente as despesas, identificando gastos que podem ser reduzidos para acomodar a nova parcela sem desorganizar o restante das contas
Por último, é válido ressaltar que é sempre bom deixar uma porcentagem da margem consignável livre, caso precise de outro crédito em uma situação de emergência.
→ Leia também: Dívida boa e dívida ruim: como identificar e evitar o superendividamento
Passo a passo para organizar as dívidas
Quando o objetivo é colocar as finanças em ordem (com ou sem consignado), organizar as dívidas é essencial.
Nesse sentido, o primeiro passo para retomar o controle é listar tudo o que deve. Anote cada dívida: saldo, credor, juros, parcela e vencimento. Inclua cartão, cheque especial, crediários, boletos atrasados e acordos antigos.
Feito isso, a próxima etapa é classificar por prioridade. Coloque no topo as dívidas com taxas de juros mais altas e as que podem gerar consequências mais sérias, como restrições no nome ou corte de serviços essenciais.
A partir disso, é possível os seguintes passos:
• Some renda, gastos fixos e despesas variáveis para descobrir quanto pode ser destinado ao pagamento das dívidas. Isso mostra se o orçamento atual cobre ou se será necessário renegociar
• Entre em contato com os credores para buscar descontos, juros menores ou prazos mais longos. Feirões e plataformas de renegociação costumam oferecer vantagens
• Fazer portabilidade de crédito para instituições financeiras com juros menores também é uma ótima opção
• Além disso, use lembretes ou débito automático para evitar atrasos, juros e multas
• Por último, atualize a lista de dívidas, acompanhe o progresso e ajuste o plano conforme as finanças mudarem
Equilíbrio financeiro e uso consciente do consignado
Como o consignado é uma opção de empréstimo com juros mais acessíveis, ele pode se tornar um aliado importante no equilíbrio financeiro, especialmente para quem enfrenta várias dívidas ao mesmo tempo.
Em muitos casos, vale a pena contratar o empréstimo para quitar tudo de uma vez e assumir apenas uma parcela fixa. Mas para funcionar, é essencial analisar o valor da parcela, o prazo e o quanto ela ocupa na sua renda mensal.
Antes de decidir, compare cenários e avalie quanto você realmente economizaria ao trocar várias dívidas por um consignado. Para isso, faça uma simulação de consignado no Bmg e veja a melhor condição para o seu orçamento.