Julho 2020 | Investimentos

O que são Fundos Imobiliários?

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Entre as diversas modalidades de fundos de investimento no Brasil (Renda Fixa, Multimercado, Ações, Índices etc.), os fundos imobiliários têm tido bastante sucesso nos últimos anos. E isso certamente tem a ver com o aspecto cultural do brasileiro em relação à tão desejada “casa própria”.  É bem provável que você já tenha ouvido - seja dos pais, amigos ou na roda de família - que investir em imóveis é um bom meio para fazer o dinheiro trabalhar para você. E eles não estão errados.

O grande problema é que, em um país de renda média como o Brasil, infelizmente, nem todos têm acesso a esse sonho. E, mesmo quando isso é possível por meio de um longo financiamento (o que é o mais comum), é preciso lembrar que junto ao sonho vêm preocupações com documentação, reforma, manutenções etc. Neste cenário, os fundos imobiliários são uma excelente forma de realizar, ao menos, uma parte deste desejo; sem ter todas as questões inerentes ao status de proprietário; e o melhor: a possibilidade de vender a sua fatia com grande facilidade. 

Assim como os outros investimentos, os fundos imobiliários são uma espécie de comunhão de recursos de vários investidores direcionados especificamente ao mercado imobiliário. De certa forma, ao adquirir uma cota eles estão fomentando o nascimento, expansão e/ou manutenção de um empreendimento. Portanto, na prática, ao fazê-lo, cada investidor é dono de um “pedaço” de um shopping, estádio de futebol, galpão logístico, hotel etc. E como os demais, quanto mais cotas maior a possibilidade de retorno. 

O investimento mínimo em uma cota (a depender do fundo) pode ser de menos de R$ 100,00, o que abre espaço para que qualquer pessoa possa acessar esta modalidade de investimento. Estes fundos também são negociados em bolsas de valores (no caso do Brasil a B3); e, na prática, a compra de uma cota equivale à de uma ação. 

Os fundos imobiliários podem ser:

  • Fundos de “tijolo”: quando o objetivo final é o investimento físico. Uma construção de fato;
  • Fundos de “papel”: o investimento imobiliário é indireto e feito através dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letra Hipotecária (LH), que por sua vez são instrumentos financeiros criados para o fomento ao mercado imobiliário;
  • Fundos híbridos: são fundos com investimentos em ambas as modalidades.

Se o seu objetivo em adquirir um ativo fixo como um imóvel for somente rentabilidade (ao invés de uma moradia, por exemplo), os fundos são uma excelente opção; por contar com gestores profissionais nas escolhas dos ativos, evitar a necessidade de todos aqueles trâmites burocráticos relacionados à compra e posse de um apartamento e/ou casa e a relativa facilidade de venda (liquidez).

No entanto, para ter toda esta comodidade, você precisará arcar com a taxa de administração do fundo. Por fim, por ser um uma aplicação com certo grau de risco, (vacância, crédito, liquidez, inadimplência etc.) assim como o investimento físico, é preciso fazê-lo de forma consciente para que mesmo uma parte do seu “sonho” de ser proprietário não se torne um pesadelo.