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Reserva de emergência com o 13º: como fazer uso

Tempo de leitura: 12 minutos

Aprenda a usar o 13º salário para montar ou reforçar sua reserva de emergência!

Quando o 13º salário chega, o pensamento de conseguir um respiro no orçamento e organizar o fim de ano é bem comum para a grande maioria das pessoas. Mas ele também pode ser a chance para você montar e fortalecer sua reserva de emergência.  

Com um pouco de planejamento e algumas escolhas estratégicas, esse valor ajuda a construir mais tranquilidade financeira para o ano seguinte. E a boa notícia? Não precisa ser complicado. Com algumas dicas simples, você pode ter uma vida financeira segura com esse valor adicional.

O que é reserva de emergência e por que ela é importante?

A reserva de emergência é aquele valor guardado para situações inesperadas, como consertos, problemas de saúde ou uma perda de renda. Ela funciona como um colchão financeiro que oferece tranquilidade no dia a dia. 

Esse tipo de reserva financeira é indicado para qualquer pessoa que queira segurança e previsibilidade nas finanças. Na prática, é o que impede que você dependa de crédito em momentos delicados. Se algo sai do planejado, você tem para onde recorrer sem comprometer o orçamento. 

Por que usar o 13º salário para reforçar sua reserva?

Usar o 13º salário para reforçar sua reserva é uma oportunidade de ganhar previsibilidade financeira. Como ele é um valor previsto e já esperado todos os anos, você consegue planejar com mais calma quanto guardar e como encaixar isso no orçamento, sem apertos inesperados. 

Além disso, esse reforço traz uma sensação real de segurança. Ter parte desse benefício salarial separado para a reserva reduz o estresse diante de imprevistos e evita que você dependa de soluções caras ou emergenciais no futuro.  

Mesmo que ainda esteja longe do valor ideal, qualquer avanço já melhora sua tranquilidade no dia a dia. 

Outro ponto importante é que usar o 13º como combustível para a reserva cria um hábito saudável: o de priorizar sua estabilidade antes de pensar em outros gastos de fim de ano.  

Essa escolha favorece um início de ano muito mais leve, já que você entra em janeiro com uma folga financeira maior e um planejamento mais estruturado. 

Como calcular o valor ideal da sua reserva de emergência

Calcular a reserva ideal é mais prático do que parece e o importante é seguir um passo a passo claro. A regra comum é ter um valor entre 3 e 6 meses das suas despesas essenciais guardado. Veja como é simples fazer: 

Passo 1: liste suas despesas essenciais

Anote somente o que você precisa pagar todo mês: moradia, alimentação, transporte, contas (água, luz, internet), saúde e remédios. Exemplo rápido: 

Moradia: R$ 1,5 mil 
Alimentação: R$ 800 
Contas: R$ 400 
Transporte: R$ 300 

Passo 2: some tudo para encontrar o custo mensal

Some cada item para ter o total mensal.  No exemplo: 

• R$ 1.500 + R$ 800 + R$ 400 + R$ 300 = R$ 3.000 (valor mensal) 

Passo 3: multiplique pelo número de meses desejado

Escolha a margem de segurança: 3 meses para quem tem emprego estável; até 6 meses se a renda for variável ou há dependentes. Por exemplo: 

• 3 meses: R$ 3.000 × 3 = R$ 9.000 
• 6 meses: R$ 3.000 × 6 = R$ 18.000 

Passo 4: compare com o que você já tem guardado

Subtraia o que já foi poupado do objetivo. Se você já tem R$ 2 mil e quer ter uma reserva estimada em 3 meses: 

• R$ 9.000 − R$ 2.000 = faltam R$ 7 mil 

Passo 5: planeje quanto do 13º vai para a reserva

Decida uma porcentagem ou valor fixo do 13º para direcionar à reserva. Exemplo: separando o 13º de um valor de R$ 3 mil, se você guardar 50% (R$ 1,5 mil), vai reduzir o que falta: 

• R$ 7.000 − R$ 1.500 = faltam R$ 5,5 mil 

Dica prática: se sua renda varia, prefira a meta de 6 meses. Se tem dívidas com juros altos, considere usar parte do 13º para diminuir essas dívidas antes de poupar, pois isso pode deixar seu orçamento mais leve. 

Seguindo esses passos, você transforma números soltos em um plano claro. Além disso, o 13º pode ser justamente o impulso que faltava para chegar mais perto da sua meta de reserva de emergência ideal. 

Dicas para poupar o 13º salário no fim de ano

O fim de ano costuma influenciar em gastos emocionais, como presentes, encontros e promoções irresistíveis. Mas com algumas escolhas simples, dá para aproveitar a época sem deixar de lado a sua reserva.  

Aqui vão dicas de economia de fim de ano práticas e realistas para ajudar você a aproveitar o fim do ano sem abrir mão do seu futuro financeiro: 

• Antes de pensar em compras, escolha quanto do seu 13º será destinado à reserva. Separar esse valor logo de início evita que ele “evapore” em pequenas despesas 
• Faça uma lista de gastos das festas, como presentes, ceia e viagens rápidas. Anote tudo. Isso reduz compras por impulso e dá um controle melhor de quanto realmente cabe no seu bolso 
• Evite parcelamentos nessa época, pois isso pode significar começar o próximo ano com o orçamento mais apertado. Prefira comprar só o que pode pagar à vista e dentro do que você planejou 
• Reavalie tradições que pesam no bolso: nem todo costume precisa ser caro. Trocar presentes simbólicos, dividir custos da ceia ou propor um amigo secreto pode aliviar bastante o orçamento 
• Dê um tempo antes de comprar. Viu algo tentador? Espere 24 horas. Esse intervalo ajuda a perceber se é uma compra necessária ou só empolgação do momento 
• Use apps ou planilhas para acompanhar e visualizar os gastos em tempo real. Essa atitude ajuda a poupar o 13º, manter o foco e evita surpresas desagradáveis no fim do mês 
• Utilize parte do 13º para quitar pequenas pendências e liberar espaço no orçamento para guardar mais nos próximos meses. Isso reduz o risco de gastar além do planejado 

→ Leia também: Como usar o 13º salário para pagar dívidas sem comprometer o orçamento

Onde guardar sua reserva de emergência?

A reserva de emergência precisa estar em um lugar seguro, acessível e que permita resgate rápido, afinal, ela existe para momentos inesperados. Portanto, o ideal é escolher investimentos de baixo risco e liquidez diária, que permitam sacar o valor quando precisar, sem dor de cabeça. 

Opções mais arriscadas, como renda variável, fundos voláteis ou investimentos com prazos longos de resgate, não servem para a finalidade da reserva. Se o mercado oscila ou o dinheiro fica “preso”, você pode não conseguir acessar o valor na hora certa e isso vai contra a proposta central da reserva: ser uma proteção. 

Falando em investimentos, quem busca segurança costuma recorrer a alternativas sólidas de renda fixa, que permitem acompanhar a evolução dos rendimentos com estabilidade. A seguir, algumas opções que geralmente são usadas para manter a reserva de emergência: 

CDB com liquidez diária

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) com liquidez diária é um dos títulos mais adequados para montar uma reserva. Ele permite que você resgate o dinheiro a qualquer momento, costuma ter rentabilidade previsível e está entre as opções mais acessíveis para quem busca segurança financeira sem complicação.  

É ideal para quem quer proteger o valor e ainda vê-lo render com o tempo.

Fundos de renda fixa de liquidez rápida

Alguns fundos trabalham com títulos públicos e privados de baixo risco, oferecendo um equilíbrio entre liquidez e estabilidade. Mas atenção: é essencial verificar o prazo de resgate e as características do fundo antes de escolher. 

Dica: essas alternativas trazem previsibilidade e mantêm seu dinheiro protegido, sem expor sua reserva a oscilações inesperadas. Porém, é importante sempre consultar as páginas oficiais para verificar condições, prazos e características atualizadas. 

O que fazer se não conseguir guardar todo o 13º?

Se o orçamento estiver apertado e não der para guardar o valor inteiro, tudo bem. A reserva de emergência é um processo, não uma corrida. E começar com pouco ainda é muito melhor do que esperar a hora perfeita, que quase nunca chega. 

Se você tem dívidas, usar parte do 13º para reduzir saldos pendentes pode ser uma ótima estratégia para diminuir o peso dos próximos meses e abrir espaço para guardar mais depois. A ideia é aliviar o orçamento agora para conseguir construir a reserva com mais tranquilidade ao longo do ano. 

Outra alternativa é definir uma porcentagem fixa, mesmo que pequena, para separar no 13º e repetir nos meses seguintes. Guardar R$ 20, R$ 50 ou R$ 100 pode parecer pouco, porém cria o hábito e faz a reserva crescer de forma constante. Quando sua situação melhorar, você ajusta o valor. 

O importante é manter o compromisso consigo mesmo e seguir no seu ritmo. Pequenos passos constroem grandes proteções lá na frente. 

Perguntas frequentes sobre reserva de emergência e 13º salário

Posso usar parte do 13º para lazer?

Pode sim, desde que isso não comprometa totalmente sua reserva. Uma boa estratégia é dividir o valor: uma parte para reforçar sua segurança financeira e outra para aproveitar o fim de ano com leveza. Assim você equilibra prazer e responsabilidade, sem começar o próximo ano apertado. 

Qual é o melhor investimento para a reserva?

O ideal é escolher opções de baixo risco e liquidez diária, como CDBs que permitem resgate rápido. Eles dão previsibilidade, estabilidade e acesso ao valor sempre que necessário. As condições de rendimento e prazos devem ser consultadas nas páginas oficiais para garantir que você está escolhendo a opção mais adequada ao seu perfil. 

E se surgir uma emergência antes de completar a reserva?

Use o valor disponível, mesmo que a reserva não esteja completa. A função dela é justamente proteger você em situações inesperadas. Depois, é só retomar a construção aos poucos, reforçando com novos depósitos, inclusive com parte do 13º do próximo ano, se fizer sentido para o seu planejamento e momento. 

Transforme seu 13º em segurança financeira

Usar o 13º para fortalecer sua reserva é uma das decisões mais inteligentes para começar o ano com mais tranquilidade. Mesmo que você comece com pouco, cada depósito aproxima você da estabilidade que tanto busca. O importante é criar o hábito e seguir no seu ritmo, pois a consistência faz toda a diferença. 

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