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CDB x CDI: entenda o que são e as diferenças

Tempo de leitura: 9 minutos

Leia o artigo e entenda de uma vez o que significa CDB e CDI e qual a diferença entre essas duas siglas do mercado financeiro!

Escolher o investimento ideal para o seu perfil pode parecer um pouco complicado à princípio, principalmente com tantas siglas que vemos no mercado financeiro, como o CDB e o CDI. 

No entanto, apesar dessas nomenclaturas serem parecidas, elas têm significados e funções diferentes. 

Enquanto CDB é um tipo de aplicação de renda fixa, a taxa CDI é utilizada, sobretudo, como uma referência de rendimento para algumas aplicações financeiras. 

Neste artigo, o blog do Bmg separou todas as informações que você precisa saber sobre esses termos e quais são as diferenças entre CDB, CDI e taxa DI. Continue a leitura e entenda!

O que é CDI?

O CDI, sigla utilizada para Certificado de Depósito Interbancário, é um título emitido por bancos e voltado para negociação entre as próprias instituições financeiras. 

Na prática, esse título serve para transferir recursos de um banco para outro em um período curto. Isso porque, de acordo com as exigências do Banco Central (BC), todas as instituições financeiras devem encerrar o dia com saldo positivo.  

Ou seja, para terminar o dia com o caixa positivo, um banco pode recorrer a um empréstimo de uma outra instituição financeira. 

E é neste momento que o CDI é emitido: trata-se de um título de curtíssimo prazo, normalmente emitido com duração de um dia útil. Por isso que ele é negociado apenas entre os próprios bancos. 

A média da taxa de juros praticada nesse tipo de empréstimo é chamada de taxa DI – ou taxa CDI, como o mercado costuma falar. Ela acompanha a Selic bem de perto e serve como referência para o rendimento de alguns investimentos de renda fixa, como CDBs, LCIs e LCAs. 

→ Leia também: O que é CDB DI e como investir?

O que é CDB?

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa emitido por bancos. 

Ao investir seu dinheiro em um CDB, você empresta dinheiro ao banco. Em troca, a instituição financeira se compromete a devolver o valor investido acrescido de juros acumulados no período. 

Existem três tipos de CDBs e todos são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) em até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Veja mais informações a seguir: 

CDB prefixado

O CDB prefixado é um título que tem a taxa de remuneração definida no momento da contratação. Ou seja, o investidor já fica sabendo exatamente quanto seu dinheiro renderá na hora de fazer o resgate ao final do prazo. 

CDB pós-fixado

Já o CDB pós-fixado tem algum indexador como base para sua rentabilidade, como a taxa CDI. 

Dessa forma, apesar de a renda fixa sempre ter resultado positivo, o investidor não consegue saber o valor exato que a aplicação renderá. Isso porque o indexador varia constantemente. 

Conheça os CDBs pós-fixados do Banco Bmg 

CDB híbrido

O CDB híbrido, por sua vez, nada mais é do que a junção entre o CDB prefixado e o CDB pós-fixado. 

Isso significa que esse tipo de título combina uma taxa fixa com a variação de algum indexador, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira. Veja o exemplo abaixo: 

CDB IPCA + 8% ao ano: esse título terá rendimento de 8% ao ano somado à variação do IPCA. Na prática, o rendimento desse CDB acompanhará a inflação, oferecendo ganhos reais. 

Vale lembrar que, para receber a totalidade dos juros, é importante manter o investimento até o prazo final acordado com o banco.

Qual a diferença entre CDB, CDI e taxa DI?

A diferença entre CDB, CDI e taxa DI é sobre a função de cada nomenclatura: 

CDB

O CDB é um título de renda fixa emitido e negociado por bancos para captar dinheiro. 

Ao aplicar em um CDB, o investidor empresta uma quantia à instituição financeira em troca de juros – que podem ser atrelados à taxa DI, ao IPCA ou outra taxa definida na contração. 

CDI

O CDI também é um título, mas negociado apenas entre bancos, ou seja: não é aberto para pessoas físicas. 

Esse tipo de título é emitido para a realização dos empréstimos interbancários. A partir da emissão do CDI, é realizado o cálculo da taxa DI. A B3 é a responsável por consolidar as informações das operações de CDI de um dia e calcular a taxa DI.  

Vale lembrar que esses empréstimos entre as instituições financeiras ocorrem para que nenhum banco feche o dia no negativo, conforme exigências do Banco Central, e são títulos de curtíssimo prazo, normalmente a duração desses empréstimos é de um dia útil. 

Taxa DI

Como explicado acima, a negociação do CDI gera a taxa DI, que é a média de juros desses empréstimos que os bancos fazem diariamente entre si. 

Além disso, a taxa DI, também conhecida no mercado como taxa CDI, é utilizada como referência para calcular os rendimentos de produtos financeiros, como o próprio CDB. 

→ Leia também: Renda fixa: o que é e como investir?

Relação entre CDI e CDB

A relação entre essas duas siglas é que existem CDBs atrelados ao CDI. Em outras palavras, ao investir em um título desses, o rendimento do CDB terá como referência a taxa DI. 

Como falamos antes, o CDI acompanha de perto a variação da taxa Selic, que hoje está em 14,75% ao ano. Por conta disso, investir em CDBs pós-fixados são mais atrativos quando a taxa básica de juros está em ciclo de alta como agora. 

Como escolher entre CDB e CDI?

A escolha de um CDB atrelado ao CDI depende do perfil de cada investidor, bem como seus objetivos financeiros. 

De forma geral, o CDB é uma boa opção para quem busca mais segurança na hora de investir, já que o título conta com rentabilidade previsível e é assegurado pelo FGC. 

Somando o CDB ao rendimento da taxa DI (ou CDI, como o mercado usualmente chama), o investidor acompanha a variação dos juros do mercado – e pode aproveitar o ciclo de alta da Selic para seu dinheiro render ainda mais. 

O que significa 100% do CDI?

Quando um investimento é atrelado à taxa CDI (ou taxa DI), é comum vermos a porcentagem que acompanha o indexador. 

Neste caso, “100% do CDI” significa que o título rende exatamente a mesma taxa do CDI durante o prazo de aplicação. Ou seja: 

Caso o CDI acumulado em um ano seja de 14,65%, o CDB com rendimento de 100% do CDI também terá sua rentabilidade bruta de 14,65% sobre o valor investido. 

Já se o rendimento do CDB for de 107% do CDI, como o CDB Super Poup do Bmg, isso quer dizer que o valor investido terá um rendimento 7% superior à taxa DI do período em que estiver aplicado.  

Veja os exemplos abaixo: 

CDB (100% do CDI) CDB Super Poup (107% do CDI)
Valor inicial aplicado R$ 1.000 R$ 1.000
Taxa do CDI (ao ano) 14,65% 14,65%
Rendimento do CDI 100% 107%
Prazo 1 ano 1 ano
Ganho bruto acumulado R$ 146,50 R$ 156,75
Valor bruto acumulado R$ 1.146,50 R$ 1.156,75

Quais os riscos ao investir em CDB e CDI?

Embora o CDI não seja um investimento direto para o público, ele serve como referência para vários tipos de aplicações financeiras por meio da taxa DI. 

Umas dessas opções atreladas ao CDI é o CDB, que é um investimento considerado de baixo risco, visto que eles são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em até R$ 250 mil por CPF. Portanto, se houver algum imprevisto com o emissor do título, a instituição te devolve o dinheiro investido até o teto estabelecido. 

Contudo, é importante ressaltar que existem alguns riscos ao investir, como o risco de crédito ou o risco de liquidez. Clique aqui e confira mais detalhes sobre cada um deles.